A garota da agulha (Pigen med nålen), de Magnus von Horn
Humilhados e malditos
São raros os filmes que hoje em dia conseguem ficar na sua cabeça após o subir dos créditos finais, na maioria das vezes estamos mais preocupados em ligar o celular para conferir as últimas baboseiras que encantam e alimentam nossa oligofrenia e mal lembramos do enredo, do nome dos personagens ou mesmo de alguma cena marcante, e quando lembramos não é surpresa ser por alguma causa irônica, como o bigode do Conde Orlok de Skarsgård (e seu sotaque cazaque). Mas eis que temos alguns filmes e diretores que ainda sabem como assombrar seu público: Gaestern, de Christian Tafdrup e Longlegs, de Oz Perkins são dois desses filmes que carregamos conosco por muito tempo, obras que ousam explorar e narrar histórias que desafiam a inteligência do espectador, que sabem tirar o melhor da arte do cinematógrafo para envolver, cativar e prender a imaginação do público.
A garota com a agulha (2024), de Magnus von Horn, é um desses filmes que nos assombram e permanecem.
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